sábado, 16 de julho de 2011

EDITORIAL

*Os grandes homens não morrem, descansam, e deixam para nós sua mensagem, seus exemplos, seu modo de vida, seu trabalho e a dedicação à Pátria em que vivem e assim se tornam imortais. O que seria de nós se eles não existissem? Certamente ainda estaríamos vivendo nos tempos da barbárie, onde o poder se media pela força e não pelas idéias.
Convivemos na década de 80 com o então candidato a Senador e depois a Governador, Presidente da República e novamente Senador Itamar Franco. Um dos mais ilustres mineiros da Zona da Mata mineira, ou melhor, o mais expressivo homem público dessa região das gerais do seu tempo. Sua morte deixa um vazio, mas ao mesmo tempo a certeza de que vale a pena agir com dignidade, com honra, com honestidade e, acima de tudo, com respeito ao próximo e à Pátria em que nasceu.
Quem dera que todo político, ao entrar para a vida pública, tivesse como princípio o mesmo que Itamar. O de servir ao seu povo e à sua terra, ao invés de servir-se de ambos para o favorecimento e o enriquecimento ilícito de seus apadrinhados e seu próprio. Lamentavelmente, a muitos falta o caráter, o respeito a Deus, a si e à sua família, e só fundamentado nesse tripé é possível se respeitar ao outro e à terra em que se vive.
Temos procurado já há algum tempo levar aos leitores da Folha informações necessárias independentes e imparciais para que eles possam refletir um pouco mais e também levar à sua família e seus amigos tais informações a fim de reduzir o erro e aumentar os acertos, tendo em vista que quando um cidadão erra ao administrar aquilo que é seu, causa prejuízo apenas a si e à sua família. No entanto, quando um homem público erra conduz a todos aqueles que nele acreditaram ao abismo das incertezas e da injustiça social, e isso é inconcebível.
Enquanto o povo se permitir ser usado como massa de manobra, votar por favores pessoais, tapinhas nas costas ou promessas eleitoreiras, certamente continuará elegendo políticos indignos e desonestos para representá-lo.
É inconcebível que o mundo desenvolvido caminhe à velocidade da luz e em muitos Municípios os políticos praticarem e acreditarem que sua terra existe a fim de favorecer seus interesses pessoais, que deva continuar caminhando em cima do lombo de jegues, pois isso representa o retrocesso e a estagnação.
Descanse em paz, Itamar Franco, e muito obrigado por nos fazer, na reflexão de sua vida, mantermos hasteada a bandeira na qual tanto acreditamos, cujo símbolo maior faz parte dos dizeres do triângulo da bandeira das Gerais "Liberdade ainda que tardia". É essa liberdade que nos faz continuar na peregrinação democrática, acreditando em uma vida e um mundo melhor para todos. Albino Neves

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