Confraternização na passagem de ano |
Celebração na Ermida de Nossa Senhora |
A Operadora de Turismo Rastro de Luz que atua ao longo da
rota de peregrinação do Caminho da Luz, o Caminho do Brasil promoveu no período
de 27 de dezembro de 2015 a 4 de janeiro de 2016 a oitava caminhada coletiva do
ano de 2015.
Peregrinos e convidados passando na porta do Templo do Gran Priorato Templário |
A caminhada contou com peregrinos de diversos estados do
Brasil e teve a passagem de ano realizada em Carangola onde os peregrinos
puderam participar de uma Celebração, na Ermida da Virgem Maria, anexa ao
Templo do Gran Priorato Templário do Brasil - Cavalaria Espiritual São João Batista, ambos construídos em pedra em
estilo medieval.
Fachada da Ermida de Nossa Senhora |
Após a Celebração os peregrinos cearam na Chácara Luz da
Manhã, onde mantiveram contato com o idealizador do Caminho da Luz, seus
familiares e vários membros da Ordem dos Cavaleiros Templários.
Também foi
realizado a exemplo do que acontece no milenar Caminho de Santiago de
Compostela um Ritual de Queimada, onde cada um pode escrever em uma folha de
papel o que não queria carregar para o ano de 2016 e colocar no fogo “sagrado”
para ser queimado.
Estourando as champanhes |
Durante o encontro Albino Neves, presidente da ABRALUZ
recitou para os presentes o Poema dos Caminhantes, parte de seu livro “O
Andarilho – A viagem rumo ao infinito”, o qual dividimos com todos:
Poema do Caminhante
Autor: Albino Neves
Extraído do livro “O Andarilho
- A viagem rumo ao infinito” – Editora Mandala -
Caminho
Na
mansidão da noite
em
busca da imensidão do dia.
Na
noite o silêncio, onde fal a voz da consciência,
no
dia, a voz do acaso.
À
noite caminho,
no
dia eu ando,
em
ambos, eu busco
o
calor do corpo,
o
frescor da alma,
que
juntos completam a fonte da vida.
Nela
bebo,
sacio
a sede de ser,
de
saber,
de
ter, de viver.
E
vivo!
No
campo das flores,
no
rodamoinho das ondas,
mas
flutuo no ar,
como
se asas tivesse
e
pudesse voar.
E
vôo!
Um
vôo sereno
que
os tufões não abalam,
calam,
emudecem,
mas
persisto, e me deixo levar,
e,
no caminho, aprendo,
sorvo
o momento,
na
certeza de que não é o primeiro
nem
o último, mas o único.
Como
único, reverencio-o.
Observo
o seu passar,
com
ele vivo.
Muitas
vezes sobrevivo!
Mas
vivo.
Deixando
no ar o perfume da vida,
no
rastro do tempo, na chuva ou no sol.
Caminho
com o tempo
e
o tempo se vai ou fica.
Não
sei se ando ou voo,
mas
sei que persisto na busca de ser
um
ser.
Se
sou eu não sei.
Só
sei que guardo a lembrança da vida e vivo.
Que
amo com a plenitude da alma e aí me completo.
Divido
e sou dividido.
Busco
e me acho,
no
canto ou no centro, no espaço e no tempo.
Nos
trilhos e atalhos, conheço o caminho
e
nele observo a vida passar.
E
com ela caminho,
sem
medo de errar,
pois,
na surpresa do ato,
está
o crescer.
E
crescendo estou
na
busca de ser um ser.
Se
sou, eu não sei.
Só
sei que caminho por terras distantes,
às
vezes eu ando,
em
outras, eu voo.
De
uma coisa estou certo:
Eu
sempre existi.
Se
existo, estou vivo!
Mesmo
que o corpo descanse,
na
terra fria ou quente,
persisto
na caminhada, na luz que irradio,
ela
me guia
na
rota da vida
que
está além de ser um ser.
Quem
sou?
Eu
não sei!
Mas
sei que busco a forma de ser
a
integração com o Universo, e nele me diluo.
Quem
sabe um dia eu me encontre na verdade comigo,
e
daí me descubra.
Talvez.
Flash dos eventos:
Celebração
Confraternização
Ritual da Queimada