segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Rastro de Luz promove uma caminhada coletiva na passagem de ano com direito a celebração, ceia e ritual de queimada

Confraternização na passagem de ano
Celebração na Ermida de Nossa Senhora
A Operadora de Turismo Rastro de Luz que atua ao longo da rota de peregrinação do Caminho da Luz, o Caminho do Brasil promoveu no período de 27 de dezembro de 2015 a 4 de janeiro de 2016 a oitava caminhada coletiva do ano de 2015.
Peregrinos e convidados passando na porta
do Templo do Gran Priorato Templário
A caminhada contou com peregrinos de diversos estados do Brasil e teve a passagem de ano realizada em Carangola onde os peregrinos puderam participar de uma Celebração, na Ermida da Virgem Maria, anexa ao Templo do Gran Priorato Templário do Brasil - Cavalaria Espiritual São João Batista, ambos construídos em pedra em estilo medieval.
Fachada da Ermida de Nossa Senhora
Após a Celebração os peregrinos cearam na Chácara Luz da Manhã, onde mantiveram contato com o idealizador do Caminho da Luz, seus familiares e vários membros da Ordem dos Cavaleiros Templários.
Estourando as champanhes
Também foi realizado a exemplo do que acontece no milenar Caminho de Santiago de Compostela um Ritual de Queimada, onde cada um pode escrever em uma folha de papel o que não queria carregar para o ano de 2016 e colocar no fogo “sagrado” para ser queimado.
Durante o encontro Albino Neves, presidente da ABRALUZ recitou para os presentes o Poema dos Caminhantes, parte de seu livro “O Andarilho – A viagem rumo ao infinito”, o qual dividimos com todos: 

Poema do Caminhante
Autor: Albino Neves 
Extraído do livro “O Andarilho -  A viagem rumo ao infinito” – Editora Mandala - 
Caminho
Na mansidão da noite
em busca da imensidão do dia.
Na noite o silêncio, onde fal a voz da consciência,
no dia, a voz do acaso.
À noite caminho,
no dia eu ando,
em ambos, eu busco
o calor do corpo,
o frescor da alma,
que juntos completam a fonte da vida.
Nela bebo,
sacio a sede de ser,
de saber,
de ter, de viver.
E vivo!
No campo das flores,
no rodamoinho das ondas,
mas flutuo no ar,
como se asas tivesse
e pudesse voar.
E vôo!
Um vôo sereno
que os tufões não abalam,
calam,
emudecem,
mas persisto, e me deixo levar,
e, no caminho, aprendo,
sorvo o momento,
na certeza de que não é o primeiro
nem o último, mas o único.
Como único, reverencio-o.
Observo o seu passar,
com ele vivo.
Muitas vezes sobrevivo!
Mas vivo.
Deixando no ar o perfume da vida,
no rastro do tempo, na chuva ou no sol.
Caminho com o tempo
e o tempo se vai ou fica.
Não sei se ando ou voo,
mas sei que persisto na busca de ser
um ser.
Se sou eu não sei.
Só sei que guardo a lembrança da vida e vivo.
Que amo com a plenitude da alma e aí me completo.
Divido e sou dividido.
Busco e me acho,
no canto ou no centro, no espaço e no tempo.
Nos trilhos e atalhos, conheço o caminho
 e nele observo a vida passar.
E com ela caminho,
sem medo de errar,
pois, na surpresa do ato,
está o crescer.
E crescendo estou
na busca de ser um ser.
Se sou, eu não sei.
Só sei que caminho por terras distantes,
às vezes eu ando,
em outras, eu voo.
De uma coisa estou certo:
Eu sempre existi.
Se existo, estou vivo!
Mesmo que o corpo descanse,
na terra fria ou quente,
persisto na caminhada, na luz que irradio,
ela me guia
na rota da vida
que está além de ser um ser.
Quem sou?
Eu não sei!
Mas sei que busco a forma de ser
a integração com o Universo, e nele me diluo.
Quem sabe um dia eu me encontre na verdade comigo,
e daí me descubra.

Talvez.

Flash dos eventos:

Celebração




Confraternização





Ritual da Queimada






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